terça-feira, 14 de agosto de 2007

Que país é este? breve resumo em 15 linhas_aula de redação

“Nas favelas, no senado. Sujeira para todo lado”. Renato Russo definiu muito bem o cenário brasileiro em sua música “Que país é este”. Corrupção e violência são as primeiras palavras que vêm à tona quando se fala em Brasil. E não se trata de uma injustiça, o número de escândalos envolvendo políticos e os índices de vítimas da violência nas cidades aumentam progressivamente. Dessa forma, o país deixa de ser o Brasil da biodiversidade, das maravilhas e riquezas naturais, do futebol-arte, do pluralismo cultural, da alegria, do carnaval, e resume-se no país da vergonha e impunidade.

Essa visão para quem não vive e não sofre as conseqüências de tamanha falta de perspectiva pode ser considerada cética, mas para os brasileiros já é um clichê e suas vidas são construídas em função dessa violência, corrupção e impunidade. O hábito permite enxergar momentaneamente tudo de bom que este país proporciona, até que apareça um novo escândalo para lembrar que algo deve mudar. Existem brasileiros que se dizem acostumados, outros são beneficiados, muitos se sentem injustiçados, mas em um país onde até a maior paixão, o futebol, foi corrompida, quem consegue sentir orgulho?

Julia Faria

terça-feira, 24 de julho de 2007

Viva o Pan do Rio e os grandes esportistas do Mundo


A relevância de um evento como o Pan no Brasil vai além dos benefícios econômicos, é essencial para a educação do povo. Entende-se por educação não só a influência dos atletas nas novas gerações de crianças e adolescentes do país, como também o respeito pelo esporte. Os brasileiros têm mostrado não saber como torcer nos jogos. A presença da torcida é importante e estimula nossos atletas, mas o comportamento dela não só está fugindo ao ideal como causando constrangimento. Talvez essa falha seja justificada pelo costume com o futebol, o xodó nacional, onde a torcida desempenha o papel do 12° jogador e a rivalidade é essencial. Porém, quando se trata de esportes individuais o posicionamento e função do torcedor é outra, e é inaceitável qualquer tipo de manifestação que possa vir a tirar a concentração do atleta. Todos eles treinaram exaustivamente e estão aqui para mostrar o melhor que fazem, vaiá-los mostra uma total falta de percepção do espírito esportivo. Acredito que aprendemos muito com nossos erros, parabéns para os atletas estão chamando atenção para essa falha de nossa torcida.

Entre nossos bons exemplos destaco a Fabiana Mure, que fez questão de se posicionar contra (com seu jeitinho super simpático) a postura dos brasileiros que têm vaiado os atletas de outras delegações. Fabiana treinou com a lenda do atletismo, Yelena Isinbayeva, e com certeza a Russa agregou muito à saltadora que garantiu esse ouro no Pan e promete medalha no Mundial que se aproxima.

Isinbayeva é uma recordista nata, vive batendo seu próprio recorde, que atualmente é a marca de 5,01 m. Ela não é brasileira, mas é um fenômeno e cada vez que a vejo torço para que se supere. Assim como vibrei com a apresentação precisa da americana Shawn Johnson, ela fez bonito, lindo, mostrou que é uma grande ginasta e promessa de muitas medalhas para a Olimpíada de Pequim em 2008. A loirinha sofreu com a falta de educação dos brasileiros, mas meu otimismo em relação ao aprendizado que esse Pan pode significar surgiu justamente a partir dela. As americanas ganharam o ouro em disputa direta com as brasileiras e quando a torcida já soltava as primeiras vaias Daniele Hypólito impulsionou os aplausos. Espero que fique a lição!

Setting Up

Nossa, finalmente aqui estou! Pensei muito antes de colocar este blog no ar (foco, conteúdo, linguagem), eis que a decisão veio da forma mais impulsiva possível. O que posso adiantar é que o Blog terá uma ênfase jornalística e quero passear por todas as editorias. Além disso, pretendo postar fotos, músicas e notas sobre assuntos que me interessam. Acho que é isso ... por enquanto!